TJPR

A presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, Lidia Maejima, participou da cerimônia de entrega de certificados em homenagem a magistradas, magistrados, servidoras e servidores aposentados da Justiça do estado do Paraná nos fóruns das comarcas de Irati e Guarapuava.  “São pessoas que contribuíram para o engrandecimento do Judiciário paranaense. Fiz questão de agradecê-los pessoalmente, é a dedicação de uma vida inteira, um trabalho de extrema importância que merece todo o reconhecimento”, afirmou a presidente do TJPR. 

Na cerimônia da Comarca de Irati, na terça-feira (06/05), estiveram presentes a oficial de Justiça aposentada Rita de Cácia Rodrigues Praxedes, a escrivã cível aposentada Halyna Hololob Konowalenko, o oficial de Justiça aposentado Clóvis Gabriel de Lima e a técnica da Infância e Juventude aposentada Sonia Mara Protz Cavalli. Também irão receber os certificados os auxiliares judiciários aposentados Mario de Azevedo Ribeiro e Marli Simões Ribeiro.  

Reconhecimento pelo trabalho 

A oficial de Justiça aposentada Rita de Cácia Rodrigues Praxedes, de 61 anos, considerou a homenagem uma ocasião muito especial. “Achei bem bacana ter esse reconhecimento ao meu trabalho”, contou. Por 35 anos, Rita de Cácia atuou em Irati, sua cidade natal, inicialmente como auxiliar do cartório e, após concurso, como oficial de Justiça. 

Para a escrivã aposentada Halyna Hololob Konowalenko, de 85 anos, nascida na Ucrânia, mas que emigrou para o Brasil com 2 anos, foi a primeira vez que sentiu ser valorizada por uma vida dedicada ao trabalho. Com 14 anos, ela começou a atuar como assistente de cartório, enquanto ainda estudava no colégio de freiras, onde aprendeu a falar português. “Ninguém nunca disse nada sobre o meu trabalho, então receber essa homenagem, depois de sete anos aposentada, foi uma grande alegria”, disse Halyna, que veio com os pais para o Brasil durante a Segunda Guerra Mundial e nunca mais voltou para a Ucrânia. Ela mantém contato com os parentes que vivem lá, como uma prima que precisa se esconder no porão de casa durante os atuais conflitos. A escrivã ficou viúva há 20 anos. Ela teve dois filhos, um já falecido, e tem uma neta de 12 anos. Com a aposentadoria, ela tem tido tempo para se dedicar à menina e cozinhar. 

Ato de generosidade 

Na quarta-feira (07/05), a cerimônia foi realizada em Guarapuava com a presença da magistrada aposentada Christine Bittencourt; da aposentada Rossana Benvenutti, técnica especializada em Infância e Juventude; da técnica Judiciária aposentada Luciana Araújo; Edyrene Felchak, que foi secretária dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais antes de se aposentar; e de Lenise Silvestre, escrivã aposentada da Vara da Infância e da Juventude. 

A juíza Christine Bittencourt, de 66 anos, atuou na comarca de Guarapuava por 27 anos. “A presidente Lídia Maejima ter vindo até aqui foi um ato de generosidade muito grande. Eu fiquei muito surpresa e emocionada, não esperava por isso”, comentou a magistrada, que se dedicou às varas de Execução Penal, Juizados e Infância e Juventude ao longo da carreira. Casada e mãe de dois filhos, a juíza também se dedica à prática de Ikebana, a arte japonesa de arranjos florais. “A aposentadoria, se a gente não se prepara psicologicamente e economicamente, pode dar uma sensação de invisibilidade”, explicou Christine Bittencourt, que durante sua magistratura participou da construção de uma penitenciária, deu aulas e palestras e incentivou o programa “Justiça se aprende na escola”, do TJPR.